Tenho como sensato que partilhar músicas angolanas na Internet, em mp3 de qualidade padrão para velocidades médias de ligação da rede, cerca de 128kbs - muito longe do áudio padrão de um CD -, mas com qualidade sonora suficiente para não deslustrar nem comprometer a sonoridade original da obra musical, resulta numa exposição a nível mundial de um acervo musical que doutro modo não teria suporte físico.
Há dois meses, um erro inesperado no alojador dos arquivos de mp3 teve como consequência o desaparecimento dos ficheiros de áudio, tendo no entanto permanecido os título e algumas fotografias que há cerca de dois anos venho lentamente a publicar.
Diligentemente um responsável do alojador dos arquivos comunicou-me que se eu mandar um cd com os ficheiros desaparecidos do mini-site "Rádio Trincheira Firme" eles mesmos os voltam a publicar.
Declinei a amabilidade! Ao fim e ao cabo, terei muito prazer em republicar e reflectir sobre estas músicas, a sua época, imagens e momentos.
Preciso de ajuda para catalogar, datar, construir ficha técnica. Faltam-me dados, falta-me pesquisa, falta-me o conhecimento e o repto apropriado aos musicólogos angolanos da estirpe de um Jomo Fortunato, ou do mestre Jorge Macedo.
Não me inibo porém de publicar os títulos e os autores ou intérpretes - já que que diligenciei o arquivo áudio em mp3 padrão para Internet.
E mais importante: a minha motivação é a partilha sonora - sem vínculos comerciais de qualquer natureza -, e o resgate destes sons.
Ainda só consegui republicar o grande Elias Diá Kimuezo; talvez tenha que apagar tudo e recomeçar do zero…
RÁDIO TRINCHEIRA FIRME, para recordar um dos momentos mais conturbados da história de Angola (25 de Abril de 1974 - 11 de Novembro de 1975) quando os ânimos ideológicos e perigosamente demagógicos estiveram mais inflamados.
Sendo a música um reflexo da sociedade em que é produzida, a execução musical desses momentos de incerteza e dramas está bem patente nestes registos, hoje politica e musicalmente datados.
Pensar e Falar Angola
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